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Vacinas são fundamentais para garantir a saúde individual e coletiva, além de prevenir doenças infecciosas. Por ser um tema complexo, é natural que as pessoas sempre queiram saber mais sobre o assunto.
Por isso, em um esforço conjunto com a Secretaria de Saúde, o Governo de SP reuniu as 100 dúvidas mais frequentes sobre as vacinas nos buscadores da internet. Aqui você encontra informações claras e precisas sobre elas. Informe-se e não deixe de se vacinar e garantir que seus familiares também estejam protegidos!
Mundialmente, ainda existem casos de poliomielite, a chamada paralisia infantil. A poliomielite continua restrita a determinadas regiões como em países de áreas de conflito, como Afeganistão e Paquistão. Mas diante disso, todos os países permanecem em risco até que a doença seja completamente erradicada do mundo. Até lá, a melhor maneira de os países minimizarem o risco e as consequências da infecção da poliomielite é manter elevados níveis de imunidade da população por meio de alta cobertura vacinal e do fortalecimento da vigilância da doença.
O Estado de São Paulo não tem a confirmação de casos de poliomielite desde 1988. No entanto, em razão dos baixos índices de cobertura vacinal para a população dos territórios paulista e brasileiro, e a presença da doença em países de áreas de conflito como Afeganistão e Paquistão, existe risco considerado alto e muito alto de retorno da poliomielite em mais de 80% dos municípios. Para garantir que todos os países fiquem livres da poliomielite, é essencial vacinar todas as crianças.
O sarampo é uma doença aguda causada por um vírus altamente transmissível, que pode levar a complicações. Casos graves são mais comuns em menores de 5 anos de idade, sobretudo crianças desnutridas, em adultos maiores de 20 anos, em indivíduos com doenças que provocam a baixa imunidade e outras condições de vulnerabilidade. As complicações que podem ocorrer são otite média, broncopneumonia, diarreia e encefalite. Mortes podem decorrer de complicações, especialmente pneumonia, infecção nos pulmões e a encefalite, infecção no sistema nervoso central que provoca inflamação do cérebro.
A meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o sistema nervoso central, especificamente cérebro, bulbo, cerebelo e medula espinhal. Em geral, os sintomas mais comuns são febre alta, cefaléia (dor de cabeça) e rigidez de nuca, principalmente em crianças maiores e adultos. Podem desenvolver em dias ou poucas horas. Destacam-se, entre outros sinais e sintomas, vômitos, recusa alimentar, sonolência, irritabilidade e convulsões, principalmente em recém-nascidos e lactentes.
Vale ressaltar que a meningite pode ser causada por agentes de diferentes classes, como bactérias, fungos e vírus. As meningites bacterianas são consideradas um grave problema de saúde pública em função da sua alta letalidade e sequelas que levam a perda auditiva, dificuldade de aprendizado, alterações de linguagem, motoras e visuais e amputação de membros. O meningococo, em particular, pode levar a doença disseminada e choque. Já a meningite viral é, em geral, mais frequente, menos grave e a recuperação ocorre somente com cuidados gerais para alívio de sintomas. A gravidade da meningite e o tipo de tratamento estão diretamente relacionados ao agente causador.
A vacina da febre amarela é recomendada desde 2019 em todo o território nacional para pessoas a partir de 9 meses de idade. Crianças que iniciam o esquema antes de 5 anos de idade devem receber duas doses da vacina, sendo a primeira dose aos 9 meses e a segunda dose aos 4 anos de idade.
Pessoas que iniciam o esquema depois dos 5 anos de idade devem receber uma única dose de vacina, por toda a vida. No entanto, caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina de febre amarela antes de completar 5 anos de idade, deverá receber uma dose adicional, independentemente da idade em que o indivíduo se vacine.
É importante que pessoas que vão se deslocar para áreas de mata, beira de rios, pesqueiros, fazer turismo ecológico, localidades de circulação viral conhecida (em humanos ou em macacos) verifiquem suas carteiras de vacinação. Se não houver registro da vacina de febre amarela, precisam se vacinar com 10 (dez) dias de antecedência da viagem para melhor proteção.
Em municípios com circulação comprovada do vírus da febre amarela (casos de febre amarela em humanos ou em macacos), a vacinação deve ser considerada também para crianças com idade entre 6 e 9 meses, não sendo esta dose válida para a rotina. Esta recomendação deverá seguir norma específica.
A vacinação de pessoas com 60 anos ou mais de idade poderá ser realizada, em especial para os residentes ou viajantes das localidades com evidência de circulação do vírus da febre amarela (casos de febre amarela em humanos ou macacos), sempre associada à avaliação do risco relacionado às comorbidades nessa faixa etária.
Para os viajantes internacionais, a vacinação é recomendada conforme a situação epidemiológica de risco do país de destino e/ou pela exigência de comprovação da vacinação contra a febre amarela para entrada em alguns países, devendo ser administrada com pelo menos 10 dias de antecedência.
A vacina contra o sarampo é altamente eficaz para a prevenção da doença, com proteção de 99% das crianças que recebem duas doses da vacina, conforme indicado no calendário de vacinação.
A proteção para quem tomou as duas doses é válida para sempre. No entanto, se a pessoa foi vacinada quando a imunização era feita em vacina única para sarampo, e não a tríplice viral, aos 9 meses, práticas que já não são mais consideradas seguras e que foram abolidas entre o começo dos anos 1990 e o começo dos anos 2000 (dependendo do estado), vale passar pelo processo novamente.
No Brasil as vacinas utilizadas para prevenção do sarampo são: tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
O número de doses a ser administrado em cada esquema vacinal, depende do calendário estabelecido para a faixa etária da pessoa a ser vacinada.
Assim, teremos:
Importante: viajantes que se deslocam para área de risco de poliomielite, mesmo que completamente vacinados, se a última dose de VIP foi administrada há mais de 12 meses, deverão receber uma dose de VIP, preferencialmente, quatro semanas antes da viagem.
As vacinas contra o sarampo são altamente eficazes, de maneira geral, têm baixa reação e são bem toleradas. Os Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI) podem ser devidos a reações a qualquer componente das vacinas ou manifestações clínicas semelhantes às causadas pelo vírus selvagem (replicação do vírus vacinal), geralmente com menor intensidade, chamada popularmente de “sarampinho”. É importante ressaltar que o "sarampinho" é um quadro leve.
Rotavírus é um microorganismo (vírus) que provoca doença aguda, caracterizada por diarreia que pode provocar quadros graves, principalmente em crianças muito pequenas ou com outros problemas de saúde.
A vacina disponível é oral (líquida), monovalente, contendo a cepa humana de rotavírus G1P [8] atenuada. A vacina contra o rotavírus é indicada a partir de 2 meses, sendo duas doses, uma aos 2 meses e outra aos 4 meses com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.
A primeira dose pode ser aplicada a partir de 1 mês e 15 dias (seis semanas) até 3 meses e 15 dias de idade. O esquema vacinal não pode ser iniciado em crianças com mais de 3 meses e 15 dias de idade.
A segunda dose pode ser aplicada a partir de 3 meses e 15 dias até no máximo 7 meses e 29 dias de idade, respeitando-se o intervalo mínimo de quatro semanas da primeira dose.
A vacina tríplice viral é a mistura de três vacinas contra sarampo, rubéola e caxumba. Atualmente, é recomendada para crianças menores de 7 anos de idade, com administração de duas doses da vacina contra a varicela, sendo a primeira dose administrada aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral (SCR + Varicela) e a segunda dose aos 4 anos com a vacina monovalente contra a varicela. No entanto, caso a criança por algum motivo perca a oportunidade de receber a vacina na idade recomendada, a vacina contra a varicela poderá ser administrada até 6 anos, 11 meses e 29 dias.
A varíola é uma doença que foi considerada erradicada no mundo em 1980. Uma das principais diferenças entre a varíola e a varicela (catapora) está no estágio das lesões ou ''bolas'' que se desenvolvem na pele. Na catapora, elas estão em diferentes fases de desenvolvimento - algumas são pequenas e outras, maiores - e nos casos graves se espalham por todo o corpo. Já no caso da varíola, as bolhas estão no mesmo estágio, espalham-se também pelo corpo, mas a erupções atingem também a planta dos pés e palma mãos.
Uma das principais diferenças entre elas é que a vacina meningocócica C protege apenas contra as doenças causadas pelo meningococo do sorogrupo C, como a meningite e a meningococcemia. Já a meningocócica ACWY faz a proteção contra doenças causadas por quatro sorogrupos da bactéria Neisseria meningitidis: A, C, W-135 e Y. A bactéria Neisseria, além da meningite, pode causar um quadro ainda mais letal quando atinge a corrente sanguínea, provocando meningococcemia, ou seja, uma infecção generalizada.
Todas as vacinas, antes de serem aprovadas, passam por testes rigorosos ao longo das diferentes fases de ensaios clínicos. Além disso, passam por acompanhamento contínuo, mesmo após o início da sua comercialização. O controle de qualidade realizado pelo laboratório produtor obedece a critérios padronizados estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.
Os lotes vacinais utilizados, após aprovação nos testes de controle do laboratório produtor, são submetidos à análise pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS, da Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz. Depois, a vacina é liberada para uso, garantindo a segurança, a potência adequada e a estabilidade do produto.
Ressaltamos que, para uso no Brasil, todos os documentos que comprovam as fases de estudos clínicos e seus resultados são apreciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA –, a qual aprova e regula a comercialização e o uso desses produtos no território nacional.
Não. A vacina com HPV 6, 11, 16 e 18 (recombinante) foi introduzida no Calendário Nacional de Vacinação como uma estratégia para controle do câncer de colo de útero, outros cânceres genitais e tumores de cabeça e pescoço ligados ao HPV. Atualmente, está recomendada no calendário estadual de vacinação para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias.
Além disso está recomendada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIEs) para homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
A vacina adsorvida de difteria, tétano, pertússis (coqueluche), hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada), a chamada pentavalente, está recomendada no calendário de vacinação da criança menor de 7 anos para sua aplicação a partir de 2 meses de idade.
É uma vacina segura, mas como qualquer medicamento, pode ocasionar alguma reação geralmente nas primeiras 48h a 72h que se seguem à aplicação da vacina, sendo o componente pertússis o principal responsável por essas reações indesejáveis. Em sua maioria, são eventos adversos leves, de resolução espontânea e desprovidos de complicações maiores ou sequelas, não constituindo contraindicações para a administração de doses subsequentes da vacina.
Lembrando que todos os Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI) devem ser notificados às unidades de saúde para definir sua causalidade.
A hepatite pode ser ocasionada por diferentes maneiras, como vírus, medicamentos, bebidas alcoólicas e, inclusive, ser autoimune, quando nosso sistema imunológico ataca nosso próprio corpo.
A hepatite causada por vírus pode se transmitir de uma pessoa a outra. As hepatites virais mais frequentes são causadas por cinco vírus: o vírus da hepatite A (HAV), o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV), o vírus da hepatite D (HDV) e o vírus da hepatite E (HEV).
As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal ou oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, relação sexual desprotegida (contato boca-ânus) e qualidade da água e dos alimentos.
As hepatites virais B, C e D (delta) são transmitidas pelo sangue (via parenteral, percutânea e vertical), pelo esperma e por secreção vaginal (via sexual). A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dentes, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, materiais para escarificação da pele para rituais, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e pipadas (crack). Além disso, a transmissão também pode se dar em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos e odontológicos, hemodiálise, transfusão e endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são aplicadas.
A transmissão vertical das hepatites virais também pode ocorrer no momento do parto.
O diagnóstico e o tratamento precoces são fatores importantes para a cura das meningites.
A adoção imediata do tratamento adequado não impede a coleta de material para o diagnóstico de qual germe está causando a meningite, seja líquor, sangue ou outros, mas recomenda-se que a coleta das amostras seja feita preferencialmente antes de iniciar o uso de antibióticos ou o mais próximo possível deste.
O tratamento com antibiótico deve ser instituído o mais precocemente possível, de preferência, logo antes da coleta de material para exames. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.
Os principais sinais e sintomas da meningite são: febre, vômitos e náuseas, muita fraqueza, irritabilidade, recusa alimentar, dor de cabeça, dificuldade respiratória, manchas vermelhas pelo corpo e rigidez de nuca. Em recém-nascidos e lactantes, os sinais e sintomas de meningite podem ser febre, irritação, sonolência, falta de apetite, convulsão, demência e cor azulada ou acinzentada da pele, das unhas, dos lábios ou ao redor dos olhos. Sempre que esses sinais e sintomas forem observados, é preciso procurar ajuda médica imediatamente, para assegurar o diagnóstico correto e iniciar o tratamento o mais precocemente possível.
É extremamente contraindicado atrasar uma dose vacinal. Quando uma dose é atrasada significa que a criança está vulnerável à doença até tomar a dose que precisa. Por exemplo, a aplicação da vacina de rotavírus não pode ser iniciada em crianças com mais de 3 meses e 15 dias de vida. A vacina pentavalente (contra difteria, pertússis, tétano, Haemophilus influenzae sorotipo B e hepatite B) e a DPT (contra Difteria, Pertússis e Tétano) são contraindicadas para maiores de 7 anos de idade. Pessoas em situação de atraso vacinal devem ter o esquema vacinal iniciado ou completado, respeitando o calendário vacinal para a faixa etária em que se encontra, o intervalo entre as doses de cada vacina e as contraindicações, conforme a bula da vacina e a Norma Técnica do Programa de Imunização.
A vacinação é o procedimento que aumenta a imunidade uma vez que simula a infecção, mas com produtos de mínima reação em relação à infecção natural. No entanto, o tamanho e o tempo de duração da resposta imune ou a eficácia da vacinação variam em relação à vacina e ao próprio organismo. Em geral, qualquer vacina gera uma resposta imune menor em pessoas mais idosas. Isso não quer dizer que os mais velhos não estejam protegidos contra a doença, mas sim que o organismo responde menos – uma característica que não se relaciona à vacina em si, mas aos processos naturais do sistema de defesa do corpo das pessoas com idade mais avançada.
Não. No processo de fabricação de vacinas a partir do vírus inativado, ou vírus ''morto'' as partículas virais são incapazes de se multiplicar nas células do corpo humano, não infectando a pessoa vacinada sendo, portanto, ainda melhor toleradas pelo corpo, estimulando o sistema imunológico e desencadeando um processo de proteção. Além disso, as vacinas passam por um rigoroso controle de qualidade do laboratório produtor, são submetidos ao controle de qualidade no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e somente são liberados para uso quando são garantidas a segurança, a potência e a estabilidade adequada.
A transmissão do sarampo ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, a elevada transmissibilidade da doença. Também tem sido descrito o contágio por dispersão de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas. Pela alta transmissibilidade, até nove em cada dez pessoas suscetíveis com contato próximo a uma pessoa com sarampo desenvolverão a doença.
Poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provocar ou não paralisia. O vírus começa a se multiplicar nos intestinos ou na garganta e alcança a corrente sanguínea, podendo atacar o cérebro. Quando a infecção atinge o sistema nervoso, os neurônios motores são destruídos, o que provoca paralisia em um dos membros inferiores. A doença pode ser mortal se forem infectadas as células que controlam os músculos respiratórios e da deglutição, ou seja, o transporte do conteúdo (alimento ou saliva) da boca até o estômago.
Caxumba é uma doença viral aguda, caracterizada por febre, dor, sensibilidade e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, com predileção pelas parótidas (bochecha e área da mandíbula) e, às vezes, pelas sublinguais ou submandibulares. Já foi uma doença muito comum na infância, mas com a implementação da vacinação generalizada, a incidência diminuiu substancialmente.
Algumas pessoas que contraem caxumba apresentam sintomas muito leves (como um resfriado) ou nenhum sintoma e podem não saber que têm a doença. A evolução é benigna e, em casos raros, a caxumba pode ser grave, chegando a determinar hospitalização do doente. A morte por caxumba é extremamente rara.
As complicações da caxumba ocorrem com ou sem parotidite ou outro edema das glândulas salivares e geralmente incluem orquite (inflamação dos testículos), ooforite (inflamação dos ovários), mastite (inflamação do tecido mamário), meningite (inflamação do tecido que cobre o cérebro e a medula espinhal), encefalite (inflamação do cérebro), pancreatite (inflamação do pâncreas) e perda auditiva.
Nefrite, miocardite e outras sequelas, incluindo paralisia, convulsões, paralisia dos nervos cranianos e hidrocefalia, também foram relatadas em pacientes com caxumba, mas são raras. As complicações associadas à infecção por caxumba são geralmente mais comuns em adultos do que em crianças.
Lembrando que pessoas vacinadas com a tríplice viral (vacina contra sarampo, caxumba e rubéola) são menos propensas a ter complicações de caxumba do que pessoas não vacinadas.
Todas as vacinas recomendadas pelo Programa Estadual e Nacional de Imunizações são disponibilizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A exceção ocorre quando há necessidade de medicação especial para portadores de doenças no sistema imunológico, como pessoas vivendo com HIV, portadores de doenças neurológicas, no coração e no sistema vascular e aquelas que comprometem a produção dos componentes do sangue, dentre outros, essas vacinas estarão disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs).
O calendário de vacinação estabelecido pelo Programa Nacional e Estadual de Imunizações deve ser seguido à risca, para que seja garantida a segurança da pessoa a ser vacinada, a eficácia da vacina, a proteção do indivíduo e a oportunidade de vacinação. Com isso, além da proteção individual, seguir o calendário aumenta a proteção da comunidade e a cobertura vacinal.
É uma vacina altamente protetora e tem sido utilizada para prevenção da doença desde 1937. Confere imunidade de 90 a 100% dos vacinados, devendo ser aplicada 10 dias antes do deslocamento para os locais de risco para atingir seu efeito. Por isso é sugerido a vacinação antecipada para pessoas que forem viajar para zonas onde ocorre transmissão do vírus da febre amarela.
O vírus da febre amarela demora de 3 a 6 dias para ser incubado no corpo, ou seja, para a pessoa infectada começar a apresentar os sintomas. Muitas pessoas não apresentam sintomas, porém os mais comuns são: febre, dores musculares com dor lombar proeminente, dor de cabeça, perda de apetite, náusea ou vômito. Na maioria dos casos, eles desaparecem depois de três ou quatro dias.
Entretanto, uma pequena porcentagem de pacientes infectados entra em uma segunda fase mais grave da doença depois de 24 horas após a recuperação dos sintomas iniciais. A febre alta retorna e vários órgãos do corpo são afetados, geralmente o fígado e os rins. Nessa fase, as pessoas podem desenvolver icterícia que é, justamente, o “amarelamento” da pele e dos olhos. A urina fica escura e aparecem dores abdominais com vômitos. Sangramentos podem ocorrer a partir da boca, nariz, olhos ou estômago. Metade dos pacientes que entram na fase tóxica vão a óbito entre o 7º a 10º dia.
Um complicador é que o diagnóstico da febre amarela é difícil, principalmente em estágios iniciais. A doença agravada pode ser confundida com malária, leptospirose, hepatite viral (especialmente a forma fulminante), outras febres hemorrágicas, infecção por outros flavivírus (como dengue) e intoxicações.
Sim. A vacina contra HPV tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV, assim como as verrugas genitais.
A vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) (HPV) foi introduzida no Calendário Nacional de Vacinação como uma estratégia de saúde pública. Atualmente, está recomendada no calendário estadual de vacinação para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias.
Além disso, está recomendada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIEs) para homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
O HPV é um vírus que apresenta mais de 150 genótipos diferentes, sendo 12 deles associados a câncer do trato genital, enquanto os demais subtipos virais estão relacionados a verrugas genitais e cutâneas.
Os tipos virais que causam câncer mais comuns são HPV 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero, enquanto os HPV 6 e 11 estão associados a até 90% das verrugas anogenitais. Outros tipos de cânceres que podem estar associados ao HPV são de vagina, de vulva, de pênis, de ânus e de orofaringe.
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato genital-genital, genital-anal e oral-genital. Para se prevenir é importante usar preservativos (camisinha) durante as relações sexuais e se vacinar. Vale ressaltar, porém, que o preservativo não impede totalmente a infecção pelo HPV, já que as lesões podem estar presentes em áreas não protegidas pela camisinha.
Os sintomas do sarampo são caracterizados por febre alta, acima de 38,5 °C, que dura de quatro a sete dias, acompanhados de manchas avermelhadas pelo corpo que se iniciam na cabeça e progridem para a região dos pés, associados a um ou mais sintomas que podem ser tosse seca (inicialmente), coriza, conjuntivite não purulenta, e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos na boca). Para a realização do diagnóstico, diante do aparecimento de sintomas, consulte um médico.
Mundialmente, ainda existem casos de poliomielite, que continua restrita em países de áreas de conflito, como Afeganistão e Paquistão. Assim, todos os países permanecem em risco de pólio até que a doença seja completamente erradicada do mundo. Até lá, a melhor maneira de os países minimizarem o risco e as consequências da infecção da poliomielite é manter elevados níveis de imunidade da população por meio de alta cobertura vacinal e vigilância da doença para detectar e responder rapidamente à poliomielite.
O Estado de São Paulo não tem a confirmação de casos de poliomielite desde 1988. No entanto, em razão dos baixos índices de cobertura vacinal para a população dos territórios paulista e brasileiro, e a presença da doença em países de áreas de conflito como Afeganistão e Paquistão, existe risco considerado alto e muito alto de retorno da poliomielite em mais de 80% dos municípios. Para garantir que todos os países fiquem livres da poliomielite, é essencial vacinar todas as crianças.
Não. Há duas vacinas contra poliomielite licenciadas no país, uma injetável e outra em gotas. A vacina injetável é a poliomielite (inativada) – VIP – aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade. A vacina em gotas é a poliomielite oral (atenuada) – VOP – utilizada nos reforços da vacina poliomielite no Calendário da Criança (aos 15 meses e 4 anos de idade) e nas campanhas nacionais de vacinação contra poliomielite. Esta é a vacina do Zé Gotinha.
As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não têm cura. As principais são:
A caxumba já foi uma doença muito comum na infância, mas com a implementação da vacina no calendário, a incidência diminuiu substancialmente.
Algumas pessoas que contraem caxumba apresentam sintomas muito leves (como um resfriado) ou nenhum sintoma e podem não saber que têm a doença. A evolução é benigna e, em casos raros, a caxumba pode ser grave, chegando a determinar hospitalização do doente.
No entanto, na fase adulta, a caxumba está associada a quadros de surdez, perda de fertilidade e outras complicações.
O vírus da caxumba replica-se no trato respiratório superior e é transmitido de pessoa a pessoa por meio do contato direto com a saliva ou gotículas respiratórias de uma pessoa infectada.
O período de transmissão é de dois dias antes até cinco dias após o início da parotidite (inflamação das glândulas parótidas, que são glândulas salivares localizadas na lateral do rosto). Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus ao tossir, espirrar ou falar, compartilhar itens que possam conter saliva, como garrafas de água ou copos, participar de atividades de contato próximo com outras pessoas, como praticar esportes, dançar ou beijar.
A vacina indicada é a tríplice viral, que previne o sarampo, a caxumba e a rubéola. A sua administração é feita a partir dos 12 meses de idade. A primeira dose deve ser aplicada a partir dos 12 meses de idade e a segunda dose aos 15 meses de idade . Indivíduos de 30 anos de idade a nascidos a partir de 1960, não vacinados anteriormente, devem receber uma dose da vacina tríplice viral. Considera-se vacinada a pessoa que, nessa faixa etária, comprovar uma dose de vacina tríplice viral.
Sim. Apesar da imunidade ser de caráter permanente após infecções inaparentes, aparentes ou após imunização ativa, ou seja, vacinação. Sobretudo, os pacientes vacinados têm menos probabilidade de apresentar sintomas ou complicações graves do que os casos de pacientes não vacinados. Deve-se suspeitar de caxumba em todos os pacientes com parotidite ou complicações de caxumba, independentemente de idade, estado vacinal e histórico de viagens. Geralmente, as pessoas podem ser consideradas imunes à caxumba se nasceram antes de 1957, pois há evidência de imunidade à caxumba (resultados de testes ambíguos devem ser considerados negativos) ou confirmação laboratorial da doença, ou têm documentação de vacinação adequada para caxumba.
Sim. As hepatites virais B, C e Delta são transmitidas pelo sangue (via parenteral, percutânea e vertical), pelo esperma e por secreção vaginal (via sexual). A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados. Além disso, a transmissão também pode se dar em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos e odontológicos, hemodiálise, transfusão e endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são aplicadas.
A transmissão vertical (perinatal e intrauterina) das hepatites virais também pode ocorrer no momento do parto. A via perinatal, no momento do parto, é uma das vias mais importantes de transmissão para os recém-nascidos. Nesse cenário, a evolução é desfavorável, com maior chance de cronificação.
Crianças nascidas de mães infectadas pelo vírus da hepatite B (HBV), que são positivas tanto para HBsAg quanto para HBeAg, têm maior risco para aquisição da infecção – entre 70% e 100% – quando comparadas àquelas nascidas de mães HBsAg positivas, com HBeAg negativo (5% a 30% de chance de transmissão vertical). No Brasil, apesar da introdução da vacina para hepatite B a partir de 1999 e dos esforços progressivos para prevenção, como a produção nacional autossuficiente de vacinas, a transmissão vertical da hepatite B ainda ocorre. A associação da vacina hepatite B com o fornecimento de imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB) às crianças expostas, assim como a oferta de profilaxia para gestantes com antivirais são medidas a serem adotadas para diminuir o risco da transmissão vertical.
A vacina é a medida mais efetiva de prevenir a ocorrência de rubéola na população. O risco da doença para indivíduos suscetíveis permanece, em função da circulação do vírus da rubéola em várias regiões do mundo e da facilidade de viajar. A principal medida de controle da rubéola é a vacinação dos suscetíveis: vacinação de rotina na rede básica de saúde, bloqueio vacinal, intensificação vacinal e campanhas de vacinação.
A vacina utilizada é a tríplice viral ou SCR uma combinação de vírus vivos atenuados de sarampo, caxumba e rubéola. Na rotina, a vacinação contra a rubéola é ofertada para a população a partir de 12 meses, sendo que, para indivíduos de até 29 anos de idade, o esquema recomendado é de duas doses das vacinas tríplice viral e/ou tetra viral, conforme descrito a seguir:
Os sintomas do sarampo são caracterizados por febre alta, acima de 38,5 °C, que dura de quatro a sete dias, acompanhados de manchas avermelhadas pelo corpo que se iniciam na cabeça e progridem para a região dos pés, associados a um ou mais sintomas: tosse seca (inicialmente), coriza, conjuntivite não purulenta e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos na boca). Para a realização do diagnóstico, diante do aparecimento de sintomas consulte um médico.
Mundialmente, ainda existem casos de poliomielite, principalmente em regiões restritas como em países de áreas de conflito, como Afeganistão e Paquistão. Todos os países permanecem em risco de pólio até que a doença seja completamente erradicada do mundo. Até lá, a melhor maneira de os países minimizarem o risco e as consequências da infecção da poliomielite é manter elevados níveis de imunidade da população por meio de alta cobertura vacinal e vigilância da doença para detectar e responder rapidamente à poliomielite.
O Estado de São Paulo não tem a confirmação de casos de poliomielite, a chamada paralisia infantil, desde 1988. No entanto, em razão dos baixos índices de cobertura vacinal para a população dos territórios paulista e brasileiro, há risco considerado alto e muito alto de reintrodução da poliomielite em mais de 80% dos municípios.
Para garantir que todos os países fiquem livres da poliomielite, é essencial vacinar todas as crianças e fortalecer a vigilância da doença.
Sim. O tétano é uma infecção bacteriana grave caracterizada por espasmos musculares e é causado pela infecção pelo Clostridium tetani.
Para as pessoas com ferimentos profundos e infectados e com uma vacinação incerta ou com menos de três doses da vacina contra tétano, é recomendada a vacinação e administração do soro ou da imunoglobulina antitetânica.
Todas as vacinas recomendadas rotineiramente podem ser aplicadas no mesmo dia, exceto as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), que não devem ser aplicadas simultaneamente com a vacina febre amarela na primeira vacinação, em crianças menores de 2 anos de idade. O intervalo indicado entre essas vacinas é de 30 dias, sendo contraindicado o período menor que 15 dias.
A vacina pentavalente imuniza contra cinco doenças e precisa ser aplicada no segundo mês de vida. A vacina protege das doenças:
A vacina pentavalente também impede infecções causadas pelo Haemophilus Influenzae tipo b, que causa diferentes doenças infecciosas com complicações graves, como pneumonia, inflamação na garganta, dor de ouvido, infecção generalizada na corrente sanguínea, inflamação em uma membrana do coração, inflamação das articulações e sinusite.
As vacinas estimulam o sistema imunológico do corpo a proteger a pessoa contra infecções ou doenças. Eventos graves após a aplicação de vacinas são extremamente raros. É mais provável o adoecimento grave e até a morte por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina.
Não há comprovação científica de que as vacinas apresentam riscos à saúde das pessoas. Todas as vacinas antes de serem aprovadas passam por testes rigorosos e acompanhamento contínuo após o início da sua comercialização. O controle de qualidade realizado pelo laboratório produtor obedece a critérios padronizados estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. No Brasil, todos os documentos das fases de estudos clínicos das vacinas e seus resultados são apreciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA –, que aprova e regula a comercialização e o uso desses produtos no território nacional.
É um vírus que causa uma doença que pode levar a desidratação, vômitos e febre, além de problemas respiratórios, como coriza e tosse. A transmissão pode ser fecal-oral, ou seja, o vírus é eliminado nas fezes, contaminam a água ou alimentos e podem entrar em contato com a pessoa através das mãos não higienizadas corretamente.
A principal medida para prevenção é a higiene das mãos, que pode ser feita com água e sabão ou álcool em gel, principalmente antes das refeições e após o uso do banheiro. Além disso, ingerir sempre alimentos bem higienizados e água tratada.
O rotavírus é um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA) e uma das mais importantes causas de diarreia grave em crianças menores de 5 anos no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento.
A rotavirose, se não tratada, pode evoluir para complicações e quadros graves que podem, inclusive, levar à morte.
Os sinais e sintomas clássicos do rotavírus (rotavirose), principalmente na faixa etária dos 6 meses aos 2 anos, são as ocorrências repentinas de vômitos. Na maioria das vezes, também podem aparecer, junto com os vômitos:
Podem ocorrer formas leves e que não produz manifestações ou efeitos detectáveis através de exames clínicos nos adultos e formas assintomáticas na fase neonatal e durante os quatro primeiros meses de vida. Nas formas graves, o rotavírus (rotavirose) pode provocar:
Porque cada uma oferece uma proteção específica contra a doença. Estão disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), sete vacinas recomendadas.
Lembrando que a Meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas.
As sete vacinas recomendadas e que estão disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) nas salas de vacinação contra a Meningite são:
Sim. A meningite meningocócica causada por uma bactéria, o meningococo, é transmitida pelo doente ou pelo portador através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. Com a infecção geralmente ocorre a inflamação das meninges (cada uma das três membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, com a função de protegê-los). Os agentes da infecção podem ser bactérias, vírus ou fungos. Mas, em casos menos comuns, a inflamação das meninges pode ser ocasionada por cânceres, lúpus e reações a alguns medicamentos.
Sim. As hepatites virais são doenças causadas por diferentes vírus que atingem o fígado e que apresentam características distintas. Possuem distribuição universal e são observadas diferenças regionais de acordo com o agente causador. Os vírus mais relevantes são os vírus A (HAV), B (HBV), C (HCV), Delta (HDV) e E (HEV).
As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, relação sexual desprotegida e qualidade da água e dos alimentos. Eventualmente podem ser transmitidas no sexo.
As hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue (via parenteral, percutânea e vertical, ou seja, durante a gestação, parto, e em alguns casos durante toda amamentação), esperma e secreção vaginal (via sexual).
A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, materiais para escarificação da pele para rituais, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis e pipadas (crack).
Pode ocorrer a transmissão também em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos, hemodiálise, transfusão, endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são aplicadas. A transmissão vertical pode ocorrer no momento do parto.
Como acontece com qualquer vacina, algumas pessoas poderão apresentar ''reações'', mas esses efeitos costumam ser leves, de curta duração e restritos ao local de aplicação e são um sinal de que o corpo está desenvolvendo proteção. Vacinas aplicadas na idade indicada, de forma correta, considerando as recomendações do Programa Nacional e Estadual de Imunizações e as bulas de cada substância terapêutica biológica, são seguras e recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para a diminuição da ocorrência de doenças graves, sequelas e óbitos.
Qualquer reação vacinal que exceda os efeitos leves, localizados e de curta duração deve ser informada imediatamente ao serviço que administrou a vacina e a um médico para as recomendações necessárias, entre elas, a notificação das condições encontradas aos níveis hierarquicamente superiores para monitoramento, orientações e à investigação epidemiológica, se necessário.
Nem todas as vacinas dão febre. Mas se no primeiro ou segundo dia após a vacina a temperatura corporal alcançar 38,5 °C, recomenda-se administração de antitérmico de acordo com a prescrição médica. Vale lembrar que a febre após a administração de uma vacina não é contraindicação à aplicação de uma segunda dose, caso necessário.
A vacina contra o sarampo que está preconizada no Programa Nacional de Imunizações e o esquema vacinal consistem em:
Lembrando que a vacina contra o sarampo é ofertada junto com as vacinas contra caxumba e rubéola, quando usada a vacina tríplice viral. Também pode ser encontrada a tetra viral, que também contém a vacina contra varicela (catapora).
A vacinação contra febre amarela é recomendada em todo o território nacional desde 2019. Assim como para todas as vacinas, a vacinação contra febre amarela é voluntária, contudo alguns locais exigem comprovação vacinal.
Para os viajantes internacionais, a vacinação é recomendada conforme a situação de risco epidemiológico do país de destino e/ou pela exigência de comprovante de imunização para entrada em alguns países. Vale lembrar que a vacina deve ser administrada com pelo menos 10 dias de antecedência.
É importante que pessoas que vão se deslocar para áreas de mata, beira de rios, pesqueiros, fazer turismo ecológico, localidades de circulação viral conhecida (em humanos ou em macacos) verifiquem suas carteiras de vacina. Se não houver registro da vacina de febre amarela, precisam se vacinar com 10 (dez) dias de antecedência da viagem para proteção adequada.
Em municípios com circulação comprovada do vírus da febre amarela (casos de febre amarela em humanos ou animais), a vacinação deve ser considerada também para crianças com idade entre 6 e 9 meses, não sendo esta dose válida para a rotina.
O ideal é seguir as faixas etárias previstas no calendário vacinal. Contudo, quando não aplicadas na idade prevista, os casos são analisados individualmente, pois para algumas vacinas é estabelecida pelo Ministério da Saúde uma idade máxima de aplicação, para outras a aplicação independe da faixa etária. Assim, é necessário apresentar os comprovantes vacinais para que os profissionais das salas de vacina possam fazer a correta avaliação e a atualização do esquema vacinal, quando recomendado.
Sim. A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. Ela pode acometer a população, sobretudo as populações mais vulneráveis: pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, pessoas que vivem com HIV e indígenas.
Sim. O Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população na rotina dos serviços públicos de vacinação, ou seja, existem vacinas previstas no calendário nacional de imunização que estão disponíveis ao longo de todo o ano, e outras disponibilizadas para públicos específicos, em formato de campanhas anuais, com datas preestabelecidas para vacinação.
O ideal é levar documentos para sua correta identificação, os quais podem ser:
Em casos de vacinação contra a febre amarela, para áreas em que a vacinação não está indicada na rotina, mas é uma exigência para viagem, é necessário apresentar o comprovante de viagem, preferencialmente, passagem com data do deslocamento.
O caminho são os boletins informativos emitidos pelo Ministério da Saúde sobre o abastecimento de vacinas em nível nacional. Ficar atento à comunicação realizada através dos canais oficiais do Governo do Estado de São Paulo e de seu município também é recomendado.
A vacinação é considerada um direito coletivo de proteção contra as doenças infecciosas que podem ser prevenidas por meio de vacinas. Ela ultrapassa o interesse individual, sendo a principal e, em alguns casos, a única medida de prevenção eficaz, que pode contribuir para a redução de casos e de mortes por doenças que apresentam risco à saúde pública.
A vacina tetra viral é a vacina que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora), também conhecida como tetravalente viral. Ela é indicada para a vacinação de crianças com 15 meses de idade que já tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola).
Não. Varíola e catapora são doenças distintas. A catapora (varicela) é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus varicela-zóster que se manifesta com maior frequência em crianças. A principal característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira, sendo os principais sintomas: manchas vermelhas e bolhas no corpo, mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre baixa.
A varíola é uma doença infecciosa, causada pelo vírus Orthopoxvirus variolae, que é considerada erradicada no mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde os anos 80. Os sintomas são exantema (manchas avermelhadas) com pústulas características, além de febre, dor de cabeça, mal-estar e dores musculares.
A compressa fria no local da vacina, nas primeiras 24-28 horas após a aplicação é recomendada nos casos de dor e reações locais intensas. O procedimento ajuda a vasoconstrição, processo em que os músculos ao redor dos vasos sanguíneos se contraem reduzindo o processo inflamatório e consequentemente a dor local.
A carteira é fornecida pelo serviço de saúde que realiza a vacinação, seja serviço público ou privado, ambos têm que respeitar a mesma legislação em termos de obrigatoriedade de registro das doses aplicadas, como o número de lote, a data em que foi aplicada e a assinatura de quem executou a vacinação. Em caso de perda da própria carteira de vacinação ou a de crianças da família, o serviço de vacinação poderá conceder outra. Basta ir até a unidade de saúde no qual foi vacinado e lá os profissionais vão resgatar as informações na ficha de registro, onde todas as vacinas aplicadas são anotadas, e fornecer a segunda via do documento de registro do esquema vacinal.
A unidade de saúde onde habitualmente a pessoa recebe as doses de vacina ou atualiza o calendário vacinal de familiares consegue resgatar o histórico de vacinação. Caso não seja possível recuperar esse histórico, um novo esquema vacinal poderá ser iniciado, quando indicado, a partir de uma segunda via do documento. O profissional da unidade de saúde fará uma avaliação considerando a faixa etária do indivíduo e as vacinas recomendadas para a idade e proceder com a vacinação quando necessário.
É um tipo de infecção causada por um vírus, o chamado HPV, que acontece no trato reprodutivo e é responsável por uma variedade de cânceres e outras condições em homens e mulheres, como cânceres de pênis, anal, de colo de útero, de cabeça e pescoço, além de se caracterizar pelo aparecimento de verrugas anogenitais, não cancerígenas.
O vírus HPV é sexualmente transmitido e há riscos de infecção mesmo quando os preservativos são usados e até mesmo em relações com o mesmo parceiro. O HPV também pode ser transmitido através de objetos ou materiais que podem ter entrado em contato com pessoas infectadas. Também pode ser transmitido através do contato direto com cortes e escoriações de um indivíduo infectado e, em casos raros, pode ser transmitido durante o parto através da transmissão mãe-filho.
A melhor maneira de prevenir o HPV é por meio de vacinação que deve ocorrer antes de se iniciar a atividade sexual, conforme indicação a seguir:
Todas as vacinas mantidas no Programa Nacional de Imunizações – PNI do Ministério da Saúde são importantes para garantir a saúde da população e a prevenção de doenças infecciosas, uma vez que propiciam reconhecidos e amplos benefícios no controle e eliminação de importantes doenças transmissíveis como a tuberculose, hepatite B, difteria, coqueluche, tétano, sarampo, caxumba, rubéola, infecções pelo Haemophilus influenzae tipo b, rotavírus, meningococo, pneumococo, vírus do papiloma humano (HPV), varicela, hepatite A e febre amarela. Ressaltam-se ainda as vacinas utilizadas na modalidade de campanha, como a contra poliomielite, influenza (gripe) e Covid-19.
As vacinas virais são as utilizadas contra doenças causadas por vírus. A vacina da Covid-19 é uma delas. Na rotina do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde – PNI/MS – ainda constam as vacinas tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola – SCR), varicela, tetra viral (SCR + Varicela), febre amarela, poliomielite (Vacina Inativada Poliomielite – VIP – e Vacina Oral Poliomielite – VOP), rotavírus, HPV, hepatite A, hepatite B e influenza.
A imunização pode ser ativa, naturalmente adquirida que é quando a infecção ou doença com ou sem sintomas é contraída de forma natural. Neste caso, o corpo adquiri imunidade de forma duradoura, pois com a contaminação, as células criam memória contra o agente invasor. O segundo tipo de imunização é a ativa, artificialmente adquirida, que é quando o processo de imunidade é estimulado pela administração de vacinas que fazem com que o corpo produza os anticorpos para combater o agente invasor. O terceiro tipo de imunização é a passiva, naturalmente adquirida, em que ocorre a passagem de anticorpos maternos através da placenta ou, ainda, pela amamentação, através do colostro e do leite materno. E, por fim, a imunização passiva, artificialmente adquirida, que é obtida pela administração de soluções concentradas de anticorpos obtidos a partir do soro de origem humana ou anticorpos monoclonais, que são proteínas produzidas no nosso organismo e que ajudam o sistema imunológico.
Sim. As vacinas passam por testes rigorosos antes de serem aprovadas para uso. Existem inúmeras precauções, controles e um acompanhamento contínuo realizado pelas agências reguladoras que obedecem a critérios padronizados estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. Todo lote de vacina passa pela análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS, da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, que garante a segurança, a potência adequada e a estabilidade do produto. No Brasil, todos os documentos que comprovam as fases de estudos clínicos e seus resultados são ainda monitorados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA –, responsável por aprovar e regular a comercialização e o uso desses produtos no território nacional.
O ideal é seguir, rigorosamente, o cronograma de vacinas conforme as faixas etárias recomendadas no calendário vacinal. Contudo, quando não aplicadas na idade prevista, as carteirinhas serão analisadas individualmente pois, para algumas vacinas, é estabelecida pelo Ministério da Saúde uma idade máxima de aplicação, e há outras que podem ser administradas independentemente da faixa etária. Assim, é necessário apresentar os comprovantes vacinais para que os profissionais das salas de vacina possam fazer a correta avaliação e continuidade do esquema vacinal, quando recomendado.
As vacinas ajudam a proteger contra doenças que podem causar sérias consequências e até morte, principalmente em pessoas com sistema imunológico sensível ou em desenvolvimento, como os bebês. A atualização do Calendário Básico de Vacinação da Criança se encontra disponível em todas as salas de vacina do território paulista.
O Programa Nacional e Estadual de Imunizações define calendários de vacinação com orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas. Assim, para cada calendário de vacinação, há recomendações de vacinas e seus respectivos esquemas vacinais, que dependem da idade e/ou condição clínica específica. O ideal é procurar a unidade de saúde mais próxima e verificar o calendário vacinal recomendado.